Oh ah, oh, I’m still alive

Só pra avisar que eu tou viva. Entre mortos e feridos, salvaram-se todos. Estou de volta ao Brasil e me mudo pra Sampa em janeiro. Se der na telha de fazer outro blogue, eu aviso.

Goodbye and thanks for all the fish! :D

Caminho das Índias, parte VII

No terceiro dia acordei zerada, depois de dormir uma noite inteira sem vomitar, e fomos pro nosso houseboat.

Em Kerala, tem uma região que eles chamam de ‘backwaters’, ou a Veneza da Índia. São uns canais lindos, perto de plantações de arroz, e você pode alugar um barco que é como um hotel, e passar uma (ou mais) noites nele. Meio que por acaso, acho que acertei com a companhia mais luxo e sedução dentre todas que fazem esse passeio. Gente, olha o tamanho desse barco!

No ancoradouro, visto de fora:
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A proa mais luxo e sedução da história das embarcações:
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Sala de jantar, onde já fomos recebidos com suco, água e frutas fresquinhas.
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O (nosso) quarto com uma cama enorme, ar-condicionado e mosquiteiro
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O corredor até o final do barco, onde ficam a cozinha e as dependências dos moços
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Resumindo a brincadeira: a gente pagou 11.000 rúpias (mais ou menos 120 euros) pra passar uma noite no barco. Entramos ao meio dia, fomos recebidos com suco, água e frutas. Dali a algumas horas, almoço. Mais sucos e frutas, e depois jantar. No dia seguinte, café da manhã antes de desembarcar. Tudo isso, e mais três moços, incluídos no preço. Surreal!

A comida no barco é super típica – tem até peixe pescado no rio! E muito, muito farta.

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E o barco vai navegando pelo rio… lindo demais!

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Esse passeio é bem turístico e muita gente faz a mesma coisa. Vimos muitos outros barcos, alguns de turistmo, outros de transporte, mas nenhum tão legal quanto o nosso :D

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Enquanto estava só eu na Índia, as pessoas nem ligaram muito pra mim. Especialmente em Mumbai, que tem gente do país todo, as pessoas não só não me prestavam atenção quanto tentavam falar comigo em hindi. Várias vezes. Fiquei me sentindo uma local :D

Mas quando a Heather chegou, tudo mudou. As pessoas OLHAVAM pra ela, do tipo paravam na rua pra olhar pra ela. Pessoas pedindo pra tirar foto, pedindo o telefone. E, por eu estar com ela, as pessoas começaram a me olhar diferente também.

Nesse rio, foi muito divertido. A parte ruim é que gente passava por barcos e a galera tirava foto da gente (era tanto luxo e sedução que deviam achar que somos atrizes famosas). Mas a parte legal é que, pra quem quer que a gente acenasse, as pessoas respondiam animadamente. As crianças, então! Ficavam olhando pra gente, fixamente, esperando alguma coisa acontecer… era só eu ameaçar levantar meu braço pra dar um tchauzinho, que as crianças já estavam abanando furiosamente!! Pena que só tem uma foto da alegria deles, e mesmo assim de um pessoal mais velho. Fiquei me sentindo especial : )

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Vimos muitas coisas interessantes durante o passeio de barco – as plantações de arroz, que são inundadas periodicamente… as pessoas vivendo sem luz nem água, como se estivessem muito distantes da civilização… e isso aí. Dá pra adivinhar o que é antes de ver a foto seguinte?

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É uma fazenda de PATOS! Ficamos super intrigadas, até eles passarem pertinho. E no final passaram dois barquinhos coordenando os patos, e os moços do nosso barco nos explicaram.

Também vimos como o rio é tudo pras pessoas que moram nessa região. Vimos gente lavando a louça, tomando banho, lavando roupa, fazendo o rio de banheiro, pegando água pra beber… tudo no mesmo rio, bem indiano.

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Foi uma das experiências mais legais da viagem, e eu recomendaria pra todo mundo que for à Índia. Por pagar super barato pra ter uma experiência super luxosa, por visitar as backwaters que são lindas, pra provar a comida de Kerala, pra ter esse sentimento de como é a vida no meio do nada… ah, a companhia é a Spice Coast cruises.

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Caminho das Índias, parte VI

Saindo de Goa, voei pra Trivandrum, pra encontrar a Heather. Yey!

Trivandrum mesmo não tem muita coisa. Passeamos um pouco, vimos uns templos bonitos, mas nada demais. A felicidade era por finalmente encontrar a Heather, depois de dois anos e algumas tentativas frustradas!

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Daí, pegamos um taxi e fomos pra Varkala. O tempo estava ruim, mas o lugar é lindo!

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Parece que as monções chegaram mais cedo esse ano… porque as tempestades tropicais que pegamos em Varkala foram deliciosas! Nadar no mar embaixo de tempestade, há quanto tempo eu não fazia isso? E a Heather nunca tinha feito. Às vezes eu tenho uma pena das pessoas que não sabem o que é tempestade tropical – não sabem o que é preferir largar o guarda-chuva e correr porque a água vem de tantos lados que não adianta nada ter um guarda-chuva.

O povoado perto de onde estávamos também estava com as lojas e restaurantes fechados e com pouquíssima gente, mas ainda assim deu pra passear um pouco…

Até eu começar a passar mal e Varkala acabar pra mim.

No final das contas, descobri que não foram os cocos, as comidas de rua, as frutas, os sorvetes, os pratos super apimentados… foi uma porcaria de sopa de galinha com tomate, sem tempero nenhum, com uma galinha passada, que me tombou. The giant had fallen. Que besta, eu, de não lembrar que justamente os temperos é que conservam a comida =/

É por isso que eu quase não tenho fotos de Varkala, porque voltei pro quarto e passei quase dois dias de cama.

Gente, o que foi isso? Eu me orgulho de ter estômago de avestruz, de comer de tudo, de não me abalar com podrões pós-balada, comida de rua, comida que caiu no chão desde que a gente cate rápido. E sigo aquela máxima da Lud que prazo de validade é só uma sugestão. Eu nunca tinha passado mal de verdade.

Foram dois dias de eu achar que ia morrer. Sem brincadeira. Tudo doía como se eu tivesse sido atropelada por um caminhão, de tanta força que meu corpo fazia pra botar pra fora o que já não estava lá dentro. Eu segui todas as dicas do Dr. Felipe (de uma outra viagem, com outra pessoa adoentada) e mesmo assim nem água parava no estômago. Achei uns cream crackers no fundo da bolsa e mesmo assim, nada.

O pessoal do hotel foi ótimo, e perguntavam sempre se eu tinha melhorado, e me deram um chá de limão com gemgibre delicioso, que segundo eles ajuda. E a Heather também foi ótima, me trazendo água e bananas e chá mas sem dar muita atenção pro meu sofrimento.

Acabou que foi jóia que Varkala não tinha lá muita coisa… e foi bom também que eu estava lendo Little Women e muito longe da Índia. Mas olha, agora entendo e respeito mais as pessoas que passam mal em viagem =/

(atenção para o pacote de cream cracker em cima da mesa)

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Uma coisa que vimos bastante… o uso do Papai Noel em contextos totalmente nada a ver. Os indianos não celebram o Natal e nem sabem quem é o bom velhinho. Bem engraçado encontrá-lo em nomes de lojas, propagandas de venda de carro, lanchonetes… e num hotel de praia.

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A maior cidadezinha do mundo

Pausa pra comentar de mais um causo fantástico dessa pequena grande cidade, Belorizontem.

Pra todo lugar que eu vou, eu encontro conhecidos. Não sei se é porque eu conheço muita gente, porque o mundo é um lugar pequeno, ou porque Belo Horizonte é o maior ovo do mundo.

Na época que eu morava nos Eua, pegava uma conexão em Miami pra voltar pra casa. Eu ficava lá umas 4 horas, por causa do horário dos vôos. Não aconteceu nenhuma vez de eu não encontrar conhecidos.

Outro dia fui numa balada em Berlim e, final de noite, todo mundo bêbado, puxei conversa com uma menina. Falei que era do Brasil, ela perguntou ‘da onde’, eu falei ‘Belo Horizonte’, e ela disse tinha acabado de conhecer (e pegar) um cara de lá. Eu duvidei, ela mostrou o whatsapp, e era um calouro meu. Até mandei mensagem em português pro cara.

Outro dia, festinha do CS, o John tinha um couchsurfer brasileiro em casa. Encontrei o Pedro e dissemos pras pessoas em volta que não demoraria mais de 5 minutos pra encontrarmos uma pessoa que ambos conhecessem. Devíamos ter marcado o tempo, porque rapidíssimo descobrimos que o Pedro tinha estudado física com a Flavinha, na UFMG. Foto pra prima :D

Ontem a Mel, alemã que que eu conheci outro dia, postou no facebook que estava vendo jogo comigo. Um moço, Wallyson, comentou ‘que coisa, ela é da mesma cidade que eu!’. Fui ver, e batata: é o marido da Nanda, irmã da Aninha, das épocas do GJ.

Mundo pequeno!!!

Caminho das Indias, parte V e meia

Opa! Esqueci uma coisa super legal de Goa!

Na noite que passei sozinha e não tive coragem de ir na balada (mesmo pq era longe e precisaria de taxi caro) fiquei no hotel assistindo criquete. Gente, que jogo chato da pourra! Eu li as regras na Wiki e nem assim ajudou. Achei aborrecido do nível de baseball.

Pelo menos na tv. Porque no dia seguinte, estava na praia e aí vi uns meninos jogando, e até sentei pra assistir. Ao vivo, e amador, é muito legal! É mesmo que nem bete, que a gente jogava no sítio quando criança.

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Na tv continuei achando chato, mas se alguém quiser jogar na praia ou no parque, me chama!

A copa do mundo é nossa

Com brasileiro, não há quem possa!

Eu achei que nem ia ligar de não estar no Brasil durante a copa. Que boba! Estou mesmo é morrendo de inveja e de saudade de casa. Mas enquanto eu vejo Beagá só pela tevê, estou aproveitando o que dá dessa copa.

Minhas coisas preferidas de ver a Copa do Brasil aqui de longe:

1. O Brasil está na moda. De bandeirinhas do Brasil distribuídas no bar, a Brahma vendida mais caro que cerveja alemã no supermercado, a até uma barraquinha de comida brasileira na estação central, a vida está mais fácil pros brasileiros com saudade de casa. Isso aí é uma coxinha, gente!

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2. As notícias das manifestações estão chegando aqui sim, e volta e meia tem amigo gringo postando no facebook reportagens tipo ‘o que você não sabe sobre a copa do brasil’ ou ‘o que significa o #naovaitercopa’. Várias pessoas já me perguntaram sobre o que está acontecendo, e se interessam, querem saber como está a situação. Copa também é visibilidade!

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3. A oportunidade de ver jogos de várias seleções com pessoas desses vários países, e de gente que já morou nesses países, e de gente que está torcendo porque tem simpatia por esse país.

Pela nossa mesa já passaram alemães, finlandeses, mexicanos, uruguaios, italianos, croatas, holandeses, indianos, paquistaneses, americanos, romenos, australianos, canadenses, e até brasileiros!…

Fico me lembrando de um campeonato brasileiro que eu acompanhei em Salvador, num projeto que tinha gente do Brasil inteiro, e era fantástico ter sempre alguém pra zoar – ou pra ser zoado. Aqui seria a mesma coisa se esse pessoal de fato gostasse se futebol em vez de ir no bar pela bagunça, mas tudo bem, que também pode!

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4. Ver jogo como os alemães vêem. De ver jogo no escritório, com 70 pessoas reunidas e DUAS levantando pra comemorar o gol… a ir no estádio ver o jogo no maior telão do país e a galera cantando e gritando junto (bom, germanicamente, mas já foi algo).

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5. Ver uma quantidade infinita de jogos. Como o horário dos jogos no Brasil é definido em função de quem está na Europa, quem se dá bem soy yo. Vi pelo menos um pedaço de 33 dos 48 jogos da fase de grupos, e acho que na 2a fase meu aproveitamento vai ser 100% fácil.

Vendo jogo na estação de trem:
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6. Andar de verde-e-amarelo e me destacar na multidão :) No Brasil todo mundo está de amarelo, mas aqui a minha camisa canarinho faz muito sucesso. As pessoas gritam ‘Brasilien!’ e mexem na rua. Ontem um cara abriu o maior sorriso pra mim no bonde. Melhor ainda é poder barbarizar na maquiagem porque ninguém me conhece mesmo :D

Brasil vs Camarões:
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Brasil vs Chile:
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Sim, está ficando mais grave :D

7. Apesar de toda a torcida contra – porque pode ter certeza, uma hora dessas só torce pro Brasil quem já está eliminado! – ver o Brasil ganhar, sofrido, nos acréscimos, com gol feio… mas ganhar ;D Bora, Brasil!

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Caminho das Indias, parte V

Opa! Antes tarde que mais tarde, segue a aventura indiana.

Nos dias que eu ia ficar sozinha, escolhi ir pra Goa, que é uma das partes mais ocidentalizadas, cheias de turista europeu e seguras da Índia. E eu também curto uma praia, então bora lá.

A praia, praia mesmo, eu achei bem marromenos.

 

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Essa parte era bem perto do hotel, e não tinha ninguém. De acordo com os taxistas que eu peguei, era baixissima temporada, todo mundo tinha acabado de ir embora. Nessa época, o que tem é só turismo interno mesmo. E aí, quando você acha a galera, é galera mesmo!

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Pode ser que eu tenha ido na praia errada, ou que os milhões de turistas europeus gostem mesmo é do clima e do calor. Mas, de modo geral, achei o lugar bem pouco turístico – aliás, todos os lugares por que passei. Gente, cadê as barraquinhas de souvenir? Até Goa eu não comprei nem UM ímã pra coleção, simplesmente por não encontrar em lugar nenhum! Aí quando vi essa barraquinha, entendi o drama. E a barraca fechada, claro:

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Muitos lugares com placas de ‘fechamos por esse ano, volte ano que vem’. Talvez a culpa não seja de Goa, seja mesmo da época que eu escolhi visitar.

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Eu não pude entrar na água porque 1. estava sozinha, e 2. estava de biquini. Eu até já tinha comprado um sari, mas sem chance de entrar na água com meu lindo sari novo :D Eu sabia que os indianos entram na água de roupa e tudo, mas ainda assim foi meio chocante assistir. Olha aí essa moça num lindo sari rosa e completamente ensopada.

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Uma das coisas que eu acho mais importantes e bacanas de viajar ou morar em outros lugares é entender que não existe só uma forma de fazer as coisas; e como não existe só uma, também não existe a certa. Comer com garfo e faca, ou com as mãos? Nadar de biquíni, ou de traje completo? Pagar bebida pras meninas, ou cada um paga o seu? Pode ficar na balada, ou não pode? Talvez a Índia tenha sido o lugar que eu visitei que é mais obviamente diferente do Brasil, as diferenças são gritantes. Mas acho que é justamente isso que me atrai :D

Se a praia não me encantou, vamos ali visitar a cidade porguesa?

Muito lindinho o bairro português! Eu me senti numa Ouro Preto meets Salvador. Quantas flores, quantas casas coloridas! E quantas coisas com nome em português :D

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Também muitas igrejas e catedrais. Essa dos sinos, gente, que vontade que deu de soar os sinos e sair correndo! :D

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Olha só que cara de Ouro Preto… fiquei morrendo de saudade da primaiada :D

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A melhor parte de ir nessas igrejas foi entrar num lugar que eu entendia. Depois de quase uma semana de cultos totalmente desconhecidos e impenetráveis (porque eu pergunto, mas nem sempre a Lakki responde), foi um alívio mental estar num lugar onde eu sabia o que acontece, entendia as partes, e até conhecia vários dos santos e santas nos quadros e esculturas. Até achei a pia de água benta pra me benzer :D

Okeeey, se as praias não são grande coisa e a parte portuguesa é que nem Ouro Preto, o que bombou em Goa? A comida, aaaah, a comida.

Primeiro de tudo, barraca de coco por todo lado. E os caras sabem quais cocos tem carne dentro e quais só tem água! Como é que essa tecnologia não chegou no Brasil ainda!?

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A comida de Goa é uma mistura de português com indiano, uma delícia. Esse peixe goano foi uma das melhores coisas que eu comi na viagem inteira, sem contar a vista linda pra praia e um cardápio em português. Anotem aí, o restaurante chama Souza Lobo.

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Resumindo a visita: acho que nem vale a pena gastar tempo de Índia em Goa, apesar da comida fantástica. Mas foi bom conhecer :D

O caso do motorista simpático

Pra reabilitar 47 outros motoristas biltres que adoram fechar a porta devagarinho na nossa cara quando a gente está chegando esbaforido no ponto… postei no facebook mas também queria escrever aqui!

Fui no mercado comprar lindas frutas. Botei tudo na sacola. Quando estava chegando o bonde, a esperta aqui derruba a sacola e tudo se esparrama pelo chão… abaixei pra catar pela calçada meus morangos e cerejas, resignada, olhando pros morangos perdidos embaixo do bonde e pensando que ainda por cima ia ter que esperar o próximo… quando vejo o *motorista* agachado no chão comigo catando cerejas!! Ele nao só parou e atrasou o bonde, como veio catar frutas no chão comigo!! Chegando em casa, foi só lavar :D

Ah!, (de vez em quando) a Alemanha! <3

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Caminho das Índias, parte IV

Dessa eu só entendo o ‘sorry, sorry’ :D

Saindo de Lonavala, fomos pra Pune, onde a Lakki mora. Fomos no Shaniwarwada, um palácio-forte construído em 1746. É lindo, e tem um jardim lindo, onde as pessoas vão pra ficar namorando. Lembrete, de novo: apesar de todo mundo estar de calça comprida e camisa de manga, estava tipo 38 graus.

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Em torno do jardim todo tem uma fortificação, que teríamos percorrido todo se não estivesse tão quente!

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De noite, tivemos um encontro de meninas com a Divya, que também morou em Morgantown conosco e eu não sabia que estava morando em Pune :D Encontrando na Índia depois de quatro anos sem se ver… muito bom!

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Pausa pra falar de Pune: onde elas moram não é Pune mesmo, mas um condomínio fechado com outro nome. É lá que fica a sede da Acn. É muito bacana morar lá, e é muito diferente de Pune mesmo – é limpo, seguro, tem muito menos trânsito… e tem de tudo dentro; de empresas pra você trabalhar até shopping e mercado e cinema. Aliás, o maior Multiplex da Índia fica nesse shopping ai :D (e se é o maior da Índia, é o maior do mundo? hehe). Dentro desse condomínio me pareceu bem legal morar, fora o calor absurdo que não dá pra evitar :D

Peguei meu primeiro tuk-tuk e fomos no cinema. Aeeeh!

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Cinema na Índia: tem que ir! As meninas me ‘obrigaram’, mesmo eu não entendendo nada, tinha que ver as músicas e as danças. Vimos 2 States, que é um romance no qual mocinho e mocinha se apaixonam, mas as famílias são contra porque são de estados diferentes. Elas foram traduzindo uns pedaços e no final das contas o roteiro não é assim taaaão complexo, mas ainda quero ver com legendas no futuro próximo.

Ah!, o filme tem quase 3 horas e pára no meio, por 15 minutos, pra gente comprar pipoca. Hmmmm!

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Também aproveitamos pra tentar botar o papo em dia… hoje em dia a Divs já está casada e é mãe! =O

A sociedade indiana é muito machista, mas tanto, e as meninas nem percebem. Eu entendo, porque eu passei muito tempo sendo assim até cair a ficha =/ Por exemplo, eu perguntei pra Lakki por que, na rua, algumas mulheres andavam de sari, super tradicional, e outras de jeans, bem modernas. Eu achei que a resposta ia ser sobre algumas famílias serem mais tradicionais, ou que o pessoal com mais dinheiro é mais moderno/ mais tradicional… daí ela respondeu, ah, é que é uma sociedade livre, cada um pode usar o que quiser. Eu ri, perguntei de novo, ela respondeu – ah, é que alguns maridos fazem questão que a mulher use roupa tradicional, outros deixam elas usarem jeans. Sociedade livre, a-hã.

Apesar de que tudo que a gente fez foi ir ao cinema, comer pipoca, sanduíche, sorvete (sempre!) e bater papo, foi uma das noites mais legais da viagem. Impressionante como você pode passar ANOS sem ver pessoas e o sentimento, o tanto que você gosta delas, não muda nadinha ;D

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Caminho das Índias, parte III

Aviso: apesar da sociedade super conservadora e da galera tomando banho de mar de roupa (oh yeah), os clipes são super sexy e coisa e tal. Eu nem curto muito a música mas esse clipe passava direto e merece ser incluído :)

Terceiro dia de viagem, acordamos e fomos pra Lonavala.

Vou fazer um post só sobre o trânsito da Índia, então aguardem : )

Lonavala é um lugar um cado sem graça, mas em compensação ficamos num resort lindo!

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Foi lá que aprendi a jogar Carrom, um jogo antiquíssimo que (em teoria) deu origem à sinuca. A diferença é que você dá um peteleco nas peças, pra elas se moverem. Não é difícil, mas eu perdi =/

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E foi também em Lonavala que eu tive uma experiência intercultural que nunca esquecerei. Dona Lakshmipriya resolve que quer tomar chá. Dona Lakki está de calça jeans e uma blusa de malha, de manga comprida. A temperatura no mundo exterior é de 40 graus. Dona Lakki resolve tomar um chai QUENTE, com toda essa roupa, na VARANDA, que não tem ar condicionado. E ainda fala pro pessoal do room service trazer o chá bem quente que é assim que ela gosta. Go figure.

Outra coisa muito legal em Lonavala é que tem umas cavernas. Fomos em um lugar que dá pra ver algumas – são tipo celas cortadas na rocha, são budistas e as mais antigas foram feitas entre 200 anos antes e 200 anos depois de Cristo. É muito, muito bacana – pena que estava fechado e não dava pra visitar!

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Massss, em compensação, essa coisa azul aí do lado é um templo. Fomos visitar por dentro (não pode tirar foto) e estava tendo uma celebração. A Lakki não soube me explicar direito – fiquei impressionada com a devoção e com o calor dentro do templo; as pessoas estavam derretendo lá dentro. Pela viagem inteira, uma sensação estranha de estar na igreja de alguém que você não entende, que não sabe nem o que pode ou não fazer lá dentro, e como faz pra não atrapalhar…

No caminho pra ir e voltar do tempo, mil lujinhas com pulseiras infinitas, oferendas pros deuses, traquitanas dos deuses… pena que não tirei foto!

E pra fechar Lonavala, um pequeno milagre: essa cara de contente aí sou eu comendo uma coisa vegetariana. Pode isso, Arnaldo!?

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Pra constar: isso se chama Uthapam, é tipo uma panquequinha crocante e bem fininha, e por cima pode ter cebola, tomate e queijo. Comi em vários outros lugares e aprovei todas as vezes. Hummmm!

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Okey, okey, uma última foto pra fechar Lonavala… lá tem uma barragem na qual é proibido nadar… apesar de o caminho pra barragem ser pontilhado de barraquinhas vendendo protetor solar, biquini, bóia… logo atrás da placa. :)

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